domingo, 12 de setembro de 2010

Clima de deserto (Final)

Paiva Netto

Prossigo na apresentação de trechos da entrevista do dr. Alessander Tsuneto, oftalmologista, integrante da Associação dos Portadores de Olho Seco (Apos), ao programa “Vida Plena”, da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY).
Em consequência da baixa umidade relativa do ar em boa parte do país, o dr. Alessander alerta a população sobre a síndrome do olho seco. Para ele, o exame preventivo pode evitar graves doenças oculares, inclusive a cegueira. “Tudo depende do grau de severidade. Se o paciente tiver uma queixa leve, só um desconforto ou uma irritação ocular, a gente pode tratá-lo somente com colírio ou pomada. Mas, se apresentar alguma gravidade, pode ser até caso de cirurgia.”

CRIANÇAS E DEFICIENTES VISUAIS
Indagado sobre a possibilidade de as crianças igualmente sofrerem com a síndrome do olho seco, afirmou: “Sim, mas seria mais raro, a não ser que tenha associação com outra doença, hereditária ou causada por algum acidente, uma queimadura, um ácido no olho, por exemplo”.
Durante o bate-papo, o telespectador Lucas Fernando Gouveia, de Porto Alegre/RS, perguntou ao dr. Alessander se pessoas com deficiência visual padecem com o problema. De acordo com o oftalmologista, “mesmo uma pessoa que não enxerga, mas possui as estruturas oculares e as glândulas que produzem a lágrima, pode ter alteração da qualidade da lágrima e ter olho seco”.

DICAS E CUIDADOS
Ao fim da entrevista, passou importantes dicas para que se saiba se os olhos estão ressecados. “O paciente vai sentir algum grau de desconforto, o olho vermelho, uma irritação ocular. Vai ser difícil piscar, porque, não tendo uma lágrima boa e suficiente na pálpebra, ela não vai deslizar sobre o olho. Então, ela dá uma travadinha.” Também alertou para o fato de que quem fica exposto ao ambiente com ar-condicionado e os que exercem atividades no computador têm maior probabilidade de adquirir a doença, já que o local fica mais seco por causa da falta de umidade, e a fixação por demasia na tela do computador desestimula a pessoa a piscar.
Outra questão de relevância é o perigo da automedicação. “Só o oftalmologista vai saber se o paciente tem o olho seco, que grau e qual colírio deve usar”, evidenciou. Mais informações sobre o tema podem ser obtidas no site www.apos.org.br.
Necessário se faz, portanto, neste período de seca e queimadas, toda a atenção com a saúde.

SOLIDARIEDADE AOS MINEIROS NO CHILE
Nossa renovada solidariedade aos 32 trabalhadores chilenos e um boliviano que permanecem, desde 5 de agosto, presos em uma mina no norte do Chile, a 700 metros de profundidade. Que as providências empreendidas no resgate os libertem o quanto antes. E que Deus os ampare, assim como suas esperançosas famílias.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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