quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A televisão no resgate dos mineiros no Chile

O mineiro chileno Jorge Galleguillos Orellana, de 56 anos, é resgatado da mina San José, no deserto do Atacama, no Chile (13/10/2010)
O grande acontecimento da TV, nas últimas horas, foi o resgate dos 33 homens da mina San José, no deserto do Atacama, no Chile.

Na medida do possível, as emissoras abertas interromperam as suas programações para flashes ao vivo do local. A Globo, no “Jornal Nacional”, anteontem, acionou insistentemente o repórter Carlos de Lannoy, até mais do que deveria, muitas vezes para não acrescentar nada ou apenas repetir o que já tinha informado em intervenções anteriores. Mas valeu pela presença.

Na TV fechada, dois comportamentos distintos. Globo News e Bandnews ficaram com imagens diretas do acampamento Esperanza desde o final da tarde de terça-feira. Mas enquanto uma, a Band, teve a sensibilidade de limpar a tela e apenas mostrar o que estava acontecendo, a Globo tinha imagens do local, o selo do canal, com o “ao vivo” embaixo, hora, um GC – Gerador de Caracteres – estático e outro rotativo, além da narração e comentários do seu pessoal nos estúdios. Poluição completa.

A tela de um televisor, não importa o número de polegadas, tem um limite, e telespectador nenhum, por mais superdotado que seja, num mesmo momento consegue receber ou prestar atenção em mais de uma informação. Uma coisa atrapalhada e desnecessária. Verifica-se que as tantas ferramentas, hoje disponíveis, acabam comprometendo seriamente a boa ordem dos trabalhos. Em muitas ocasiões, sempre é importante lembrar, não tem nada melhor que um arroz com feijão bem temperado.

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