quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Brasil perde para a Argentina no Catar

O jogo estava cercado de expectativa. Mas como geralmente acontece em casos assim, foi bem fraquinho. Como diria um amigo meu, xexelento.

Brasil e Argentina encerraram a temporada de fracasso na Copa da África do Sul em jogo no Catar, publicidade para a campanha do país montado em dinheiro do Golfo Pérsico que quer sediar a Copa de 2022 (toma que não consiga, e para isso a invasão de campo do torcedor bobalhão ajudou bastante).

As escalações das duas equipes eram bem ofensivas, surpreendentes até. Cheias de promessas do futebol mundial. Mas, em campo, não deu liga. O jogo foi chato, sem muitos lances de perigo. Caminhava para um 0 a 0 clássico até os acréscimos, quando Messi deu uma arrancada de craque e fez um gol com cara de Messi. Fim do tabu de cinco anos sem vencer o Brasil. E a primeira derrota de Mano pela Seleção (a rigor no primeiro jogo contra um adversário de respeito). Se ganhar da Argentina é bom, perder é inversamente proporcional. Não adiante dizer que é só um amistoso.

Ainda assim, houve destaques. O goleiro brasileiro Victor foi muito bem (não teve culpa no gol), começa a firmar seu espaço na Seleção. Esse zagueiro David Luiz também é bom demais, ainda vai ser top de linha. O ataque brasileiro até tocou bem a bola, mas finalizou pouco. Do lado argentino, um pouco mais de objetividade, mas também nada digno de registro até os minutos finais. Messi, que vive fase exuberante, mostrou o talento em alguns lances, dando uma pista do que poderia acontecer. Bingo! Quando precisou, no apagar das luzes, resolveu. E esse Pastore também ainda vai dar o que falar.

E Ronaldinho? Bom, todas as expectativas estavam sobre ele. E não serei oportunista, não, como alguns poderiam pensar. O Gaúcho não teve a atuação de sonho que tanta gente cobra dele, mas também não foi mal. Saiu no 2º tempo, sem ser decisivo, mas certamente ganhará de Mano novas oportunidades para se encaixar no esquema da Seleção. Agora, é óbvio que no duelo particular dos craques, Messi foi bem melhor.

Mas derrota não é fim de mundo, mesmo para “eles”. Mano tem uma proposta interessante e precisa levá-la adiante. Em 2011, além da Copa América na Argentina (pedreira), há amistosos de mesmo nível desse no Catar, contra França e Alemanha. Promete.

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