quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tributo a dois ilustres brasileiros


Paiva Netto


Na manhã do último domingo, 21/11, voltou à Pátria Espiritual, aos 67 anos, o consagrado compositor e pianista José Antônio de Almeida Prado. Autor de mais de 400 obras, ao longo de quase seis décadas de brilhante carreira, Prado foi um dos mais premiados músicos brasileiros. Minha admiração pelo seu trabalho extrapolou a de seus inúmeros admiradores, pois tive a honra e o privilégio de contar com sua parceria na “Sinfonia Apocalipse”, que compusemos em 1987. A melodia teve sua primeira audição mundial durante a inauguração do Templo da Boa Vontade, no dia 21 de outubro de 1989, em Brasília/DF, com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência de Achille Picchi. E sua gravação ocorreu em Sófia, capital da Bulgária, entre 25 de outubro e 9 de novembro de 1990, com a Bulgarian Radio Symphony Orchestra e o Bulgarian Radio Mixed Choir, sob a regência do maestro Ricardo Averbach.

Ao se referir à “Sinfonia Apocalipse”, Almeida Prado comentou: “Sempre que me aproximo desta sinfonia eu me sinto melhor. É como se me aproximasse de Deus”. E certa vez, em conversa com o regente Vanderlei Pereira, ele assim se expressou: “Nunca tive tanta inspiração. Sinto que estou trabalhando para Jesus”.

NO PORTAL BOA VONTADE
O portal www.boavontade.com publicou: “Considerado um dos expoentes da música erudita no Brasil, Almeida Prado nasceu em Santos/SP, em 8 de fevereiro de 1943. Seu nome ganhou prestígio nacional em 1969, ao conquistar o primeiro lugar no 1o Festival de Música da Guanabara, com a cantata ‘Pequenos Funerais Cantantes’, sobre texto da escritora e poeta Hilda Hilst (1930-2004). Após, mudou-se para a Europa para aperfeiçoar os estudos, retornando ao Brasil em 1974.

Aqui, assumiu o cargo de professor no Conservatório Municipal de Cubatão. Pouco tempo depois foi contratado pelo Instituto de Artes da Universidade de Campinas, no qual lecionou até sua aposentadoria, em 2000. Atualmente residia em São Paulo, onde ministrava cursos de análise musical e sobre sua obra, além de apresentar um programa de música contemporânea na rádio Cultura FM, chamado ‘Kaleidoscópio’.

Em janeiro de 2007, estreou no Carnegie Hall a sua peça ‘Hileia, Um Mural da Amazônia’, cantata para baixo e orquestra, inspirada no poema homônimo de Ives Gandra Martins, com a Orquestra Bachiana Filarmônica de São Paulo, regida pelo maestro João Carlos Martins”.

Por sinal, o ilustre João Carlos Martins foi realmente feliz em suas palavras: “O Almeida talvez fosse o maior compositor vivo do país. Ele tinha uma importância muito grande para a música nacional”.

Como a morte é um episódio e a vida é permanente, o querido amigo Almeida Prado apenas nos deixou para reforçar a seleção de compositores do Pai Celestial, que já conta com nomes respeitadíssimos como Villa-Lobos, Claudio Santoro e José Espírito Santo.
Ao seu Espírito eterno, as vibrações de paz da LBV, extensivas aos familiares: Helenice Audi, as filhas Ana Luiza e Maria Constança, e netos.

Ao maestro, o agradecimento também por materializar canções que robustecem a nossa crença de que a música é o Amor que espalhamos por intermédio de atos de compreensão, de solidariedade, de fraternidade, de entendimento e de compaixão. Tudo isso é melodia. Ter Amor no coração é ser musical. Você quer viver com melodia na Alma? Ame!

MOACIR C. LOPES
Outro grande amigo da Legião da Boa Vontade que retornou ao Mundo Espiritual no domingo foi o mestre de professores, escritor Moacir Costa Lopes, aos 83 anos.
O portal Boa Vontade, na homenagem que lhe fez, registrou: “Com mais de 20 obras publicadas, o autor comemoraria 51 anos de literatura em dezembro de 2010. Seu romance mais famoso, ‘A Ostra e o Vento’, ganhou adaptação para o cinema em 1997, por Walter Lima Junior”.

À sua generosa alma, nossa saudação fraterna e a solidariedade aos seus entes amados na Terra.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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