segunda-feira, 29 de março de 2010

‘Ele me ensinou a fazer telejornalismo’, diz Bonner sobre Armando Nogueira

Boni, Pedro Bial e Silio Boccanera também lembraram do amigo.
Armando Nogueira morreu de câncer em casa, aos 83 anos.

Editor do Jornal Nacional, o apresentador William Bonner definiu o amigo Armando Nogueira, que morreu nesta segunda-feira (29) no Rio, como “um gigante do telejornalismo”.

“Foi sob a gestão dele, no comando do jornalismo da TV Globo, que se criou o Jornal Nacional, ao lado da Alice Maria e do Boni”, lembrou o jornalista que também falou sobre a importância de Armando em sua vida pessoal. “Pessoalmente, foi sob sua gestão que eu surgi na Globo, em 1986, e foi pelas mãos dele que eu vim pro Rio, em 1989, onde vivo até hoje e construí minha família”, disse.

“Ele me abriu as portas da TV Globo e me ensinou a fazer telejornalismo. Se tenho algum nome hoje nesse mercado foi porque ele me ajudou a construir”, sintetizou Bonner, que citou ainda, a importância de Armando no jornalismo esportivo brasileiro: “Ele foi um artista da crônica esportista, com um texto que era, sem exageros, um diamante”.

Polivalente

Ex-diretor da Globo e amigo de Armando, Boni, em entrevista à Globonews, chamou Armando de “polivalente”. “Ele foi uma figura muito importante na época da ditadura, foi um baluarte na defesa da liberdade, com sua capacidade de diálogo. Vamos creditar isso à luta da liberdade de expressão”, lembrou.

“Ele era uma pessoa polivalente. No final de sua vida, a relação com a música, tocava gaita. “A poesia estava presente em tudo na sua vida. Era uma pessoa realmente maravilhosa”, completou.

‘Ele chamou Garrincha de Anjo das Pernas Tortas’, diz Bial

Muito comovido, o jornalista Pedro Bial, que teve Armando como seu primeiro chefe, disse que foi como se tivesse perdido um pai.

“Ele conseguia ver além do jogo de futebol. O drama que se desenrola além do placar. Foi ele quem ele chamou Garrincha de Anjo de Pernas Tortas!”, lembrou o jornalista.

‘Ele admirava a palavra’, diz Silio Boccanera

“Ele admirava a palavra.” Foi assim que o jornalista Sílio Boccanera, da TV Globo, definiu o amigo Armando Nogueira, que morreu na manhã desta segunda-feira (29). No Twitter, também já há homenagens ao comentarista esportivo.

Silio Boccanera falou por telefone com a Globonews sobre Armando. ”Fui contratado pelo Armando pra trabalhar na TV Globo, vivíamos um período de censura no Brasil e ele agüentou isso com habilidade diplomática e paciência. Ele cultuava o bom texto, adorava dar um palpite pra melhorar uma frase. Era uma pessoa que admirava a maneira boa de escrever e incentivava isso nos jornalistas”, disse Sílio.

Twitter

“Deixo meu beijo para o jornalista, amigo, aviador, poeta e criador do JN, Armando Nogueira.Nosso Manduca acaba de falecer no Rio de Janeiro!”, escreveu o diretor do Big Brother Brasil, Boninho, em seu Twitter.

“Mestre Armando Nogueira morreu”, escreveu a jornalista da TV Globo, Renata Capucci, em seu microblog.

Como foi

O ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio.

?Ele sofria de câncer e estava muito doente desde 2007, quando descobriu a doença.

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