Os Trapalhões foi um famoso grupo humorístico brasileiro composto por Dedé (Manfried Sant'Anna), Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes), Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves) e o líder do grupo, Didi Mocó (Renato Aragão). O nome trapalhão é derivado do verbo atrapalhar, que significa o oposto de ajudar ou fazer alguma coisa da maneira errada. O nome trapalhão tornou-se tão famoso que acabou sendo usado, no Brasil, em títulos de vários filmes estrangeiros de comédia, na tentativa de atrair mais público. Isso ocorreu com alguns filmes de Jerry Lewis, Woody Allen e Peter Sellers.
História
Primórdios
Estreou em 1966 na TV Excelsior de São Paulo com o nome Adoráveis Trapalhões. Reunia na sua fórmula quatro tipos: o galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivon Cury, o estourado Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, o "Didi Mocó", além de Manfried Sant'anna, o "Dedé Santana". Com a saída de alguns desses integrantes, e a entrada do sambista participante de Os Originais do Samba Antônio Carlos Bernardes Gomes, o "Mussum", e de Mauro Faccio Gonçalves, o "Zacarias", consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos quadros mais famosos da TV brasileira.
Na TV Record, o programa foi chamado "Os Insociáveis", o que desagradava Renato Aragão. Ao passar para a TV Tupi, ele fez com que o nome de "Os Trapalhões" se fixasse como sendo o do grupo (também incluiu Zacarias, no lugar de Roberto Guilherme, que antes completava o quarteto como "Beto"). Ali, Os Trapalhões conseguiram maior audiência em seu horário do que o quase sempre líder de audiência Fantástico, na cidade de São Paulo. Mas a antiga emissora já apresentava muitas dificuldades financeiras, o que trouxe inúmeros problemas aos artistas. Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso duradouro.
O auge
Em 1977, já na Rede Globo, tinham um programa que era apresentado aos domingos, às 19h, imediatamente antes do Fantástico (que começava às 20h), e tinham a formação de quatro integrantes permanentes, além de atores convidados. O programa também tinha outros atores fixos que não faziam parte do quarteto principal: o hilariante Tião Macalé (que imortalizou o bordão "Ih! Nojento!"), Jorge Lafond (que satirizava os homossexuais), Emil Rached (o gigante atrapalhado de 2,23m), Carlos Kurt (o "alemão" de olhos esbugalhados e sempre mal-humorado), Felipe Levy (frequentemente no papel de "chefe" ou "comandante"), Roberto Guilherme (o eterno "Sargento Pincel", quase o quinto trapalhão, uma vez que acompanhou o grupo em toda sua trajetória), Dino Santanna (irmão de Dedé Santanna), o anão Quinzinho entre muitos outros.
Em 1981, sob direção de Adriano Stuart e redação de Gilberto Garcia, Os Trapalhões já tinha um público notoriamente infantil e foi nessa época que o quarteto alcançou grande repercussão, principalmente depois dos sucessos que fizeram no Festival de Berlim. Tanto o público quanto os críticos passaram a ver os quatro integrantes do grupo como os principais representantes nacionais da comédia infanto-juvenil. No mesmo ano, o programa exibiu um especial de quinze anos que ficou quase oito horas no ar, com onze quadros e uma campanha em favor dos deficientes físicos.Em 1982, o programa ganhava a direção de Osvaldo Loureiro, o público passou a assistir a gravação de alguns quadros no Teatro Fênix (Rio de Janeiro). Em maio de 1983, o programa iniciou uma nova fase com Gracindo Júnior (direção) e Carlos Alberto de Nóbrega (redação). Além dos tradicionais esquetes isolados, as comédias teatrais bastante conhecidas foram adaptadas para o humor do programa. Shows eram gravados mensalmente com a participação do público. Passaram também a ser incluídas gravações externas.Ainda em 1983, foi exibida a campanha SOS Nordeste.
Sob direção de Paulo Araújo em 1984, o quarteto teve uma renovação na linguagem visual para dar uma maior unidade, com a base do cenário sendo branca, mudando a cor apenas dos elementos de cena. Passaram a ser usados pela primeira vez bordões pelo grupo (Acredite, mas não é; Dez, nota dez). Em 1985, os humoristas gravaram uma série de catorze episódios em Los Angeles. A partir de 1986, Com A Direção Geral de Walter Lacet,o programa começou a focar mais o público infantil, com quadros direcionados para essa faixa etária e uso dos efeitos especiais. Em agosto do mesmo ano, Carlos Manga passa a dirigir o programa, fazendo quadros mais curtos e interligados uns aos outros.
próxima Segunda "Os Trapalhões" parte 2,não percam.
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